A locomoção dos animais

Alexandre Vaz
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Nos meios líquidos, como nos mares, rios e lagos, existe igualmente uma profusão de estratégias de locomoção. Existem peixes, e também moluscos, aves, mamíferos, répteis e insectos, extraordinariamente bem adaptados à locomoção na água. O nadar do salmão é muito diferente do da manta ou da moreia, e nem todos os animais que se locomovem nas águas dependem do movimento de barbatanas, patas ou do próprio corpo. Alguns animais, incluindo diversas espécies de moluscos, estão adaptados a deslocar-se por acção da expulsão forçada de água do interior do seu corpo, num mecanismo semelhante ao dos jactos dos aviões. Com efeito, em caso de perigo, uma lula pode utilizar este sistema para escapar a um predador e alcançar uma velocidade de cerca de 30 Km por hora.

 A maior parte dos animais que se deslocam na água ou no ar, pode fazê-lo nas três dimensões, contrariando a força da gravidade. Para os animais que se deslocam no meio sólido, como sobre ou sob a terra ou a neve, nas árvores, nas rochas ou em muitos outros substratos, existe o problema adicional da aderência. O andar ou correr são, sem dúvida, das estratégias de locomoção mais frequentes e dependem, em muitos casos, de uma aderência eficaz. Tanto para um felino, que atinge em corrida velocidades superiores a 100 Km por hora, como para uma osga ou um pica-pau, que furtivamente caça insectos nos troncos de uma árvore, esta questão é relevante.

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