Gestão florestal e a conservação das comunidades de vertebrados

Paulo Pinheiro
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O ordenamento dos ecossistemas florestais direccionado para a conservação dos vertebrados, deve consistir num conjunto de acções sustentadas pelo conhecimento da ecologia da(s) espécie(s) alvo, e da dinâmica da área florestal. Desta forma, a gestão deve ser activa, contrariando a corrente de opinião preservacionista, caracterizada pela inexistência de qualquer intervenção no meio. O conjunto de medidas a aplicar incidem directamente no povoamento, manipulando as suas características quando o intuito é a criação de habitats para espécies alvo – perfil vertical –; ou alternativamente na estrutura da área florestada, onde as intervenções são efectuadas a um nível regional – perfil horizontal – sobretudo quando o objectivo é a conservação de taxa ou guildas que necessitem de extensas áreas de habitat homogéneo para subsistirem.

 

PERFIL VERTICAL

A estrutura vertical é importante ao permitir a coabitação de uma grande diversidade de espécies vegetais e animais, ocupando os diferentes nichos ecológicos – um nível superior definido pelas copas das árvores, outro intermédio dependente dos arbustos, e um escalão inferior constituído pelas plantas herbáceas e folhada – definidos pela separação vertical.

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