Estratégias de Reprodução dos Mamíferos

Luís Miguel Rosalino e Cristina Rosalino
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As estratégias de reprodução dos mamíferos diferenciaram-se de tal forma que, para um mesmo problema (a reprodução), foram encontradas soluções tão distintas como a postura de ovos e a gestação prolongada dentro do corpo materno.

As diferenças no que diz respeito às estratégias de reprodução dos mamíferos são consideradas como as mais importantes na divisão evolucionista da classe Mammalia, permitindo classificar os mamíferos em três grupos:

- Os monotrématos
- Os marsupiais
- Os placentários


Monotrématos

Representantes desta subclasse de mamíferos (subclasse Prototheria) apenas se podem encontrar na Tasmânia, Austrália e Nova Guiné, existindo somente três espécies: o ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) e duas espécies de papa-formigas ou equidnas (Tachyglossus sp.).

Os monotrématos têm uma cloaca – abertura para o exterior – comum aos sistemas digestivo, urinário e reprodutor, tal como os répteis. É esta característica que lhes confere o seu nome, que significa “um só orifício”.

Ao contrário das outras fêmeas de mamíferos, que têm um ovário de cada lado, as dos monotrématos possuem apenas um ovário, o esquerdo, tal como as aves. À medida que os ovos descem pelo oviduto, onde ocorre a fecundação, várias glândulas adicionam-lhes albumina e posteriormente uma fina casca coriácea. Os ovos são postos 12 a 20 dias depois da fecundação. Durante o período de incubação, o embrião é alimentado pelo saco vitelino: no caso do ornitorrinco, no ninho durante cerca de 12 dias; no papa-formigas, durante uma semana, numa bolsa provisória que se desenvolve no abdómen durante a época da reprodução, para a qual as fêmeas transferem os ovos depois de os porem. Após a eclosão, as crias bebem o leite que escorre das glândulas mamárias da mãe para os tufos de pêlos abdominais nos ornitorrincos, ou para a bolsa nos equidnas.

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