Os sistemas de acasalamento dos animais

Alexandre Vaz
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Em termos energéticos, a reprodução é uma das fases mais exigentes do ciclo de vida dos animais. Ao longo da evolução, diferentes espécies foram desenvolvendo diferentes estratégias de acasalamento, de modo a optimizarem esta fase crucial.

A cultura ocidental reconhece como padrão de acasalamento regular um sistema assente nas relações de cariz monogâmico. No entanto, como é sobejamente conhecido, não só a complexidade das relações de carácter sexual e potencialmente reprodutivo por detrás desse modelo é muito grande, como ainda, noutras culturas, a poligamia é uma prática institucionalizada e corrente.

A reprodução sexuada, comum a todos os animais, pressupõe o acasalamento. No mundo natural, existem vários sistemas de acasalamento distintos e não obstante existirem algumas excepções, de uma forma geral, aquilo que cada indivíduo procura é a maximização do seu sucesso reprodutor, fazendo tudo o que está ao seu alcance para garantir uma maior probabilidade de se reproduzir, transmitindo os seus genes às gerações vindouras. Nalguns casos particulares, se o acesso à reprodução está por qualquer razão condicionado a alguns indivíduos, estes por vezes optam por ajudar uma progenitora da família, contribuindo assim para que, pelo menos, alguns dos seus genes sejam transmitidos a gerações futuras.

Os sistemas de acasalamento classificam-se de acordo com o número de parceiros envolvidos e com a duração da associação entre eles. Os principais sistemas são os monogâmicos, poligâmicos e promíscuos.
As relações monogâmicas prolongam-se por toda a estação reprodutora, ou mesmo por toda a vida, e estabelecem-se entre dois indivíduos de sexos opostos, não envolvendo terceiros. Este tipo de associação é particularmente cara a espécies cujas crias necessitam de cuidados parentais continuados, como a esmagadora maioria das espécies de aves e alguns mamíferos, como as raposas e os mustelídeos. Se a fêmea sozinha não consegue assegurar a sobrevivência das crias, então ao macho interessa-lhe ajudá-la, para que os seus descendentes possam sobreviver.

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