Vida Subterrânea

Pedro Cardoso (texto) e Francisco Rasteiro (fotografia)
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Os ambientes cavernícolas possuem características peculiares que se reflectem na sua fauna inesperada. As grutas são laboratórios vivos, frequentemente isolados, o que lhes confere uma importância excepcional para investigadores e conservacionistas.

"Se nas cavernas não se encontram os dragões e outros animais terríveis das lendas antigas, não se deve crer, no entanto, como a maioria dos turistas, que o mundo subterrâneo é um deserto no qual só existem minerais."

B. Gèze (1968)


O ecossistema subterrâneo é no mínimo singular, quando não bizarro, em variados aspectos, completamente diferente de qualquer ecossistema de superfície, nas características apresentadas pelas suas comunidades e espécies que as compõem. Os produtores primários são praticamente inexistentes, com excepção de eventuais bactérias quimiotróficas, não dependentes da luz. Os organismos na base da pirâmide passam a ser quase em exclusividade os decompositores, dependentes de matéria orgânica proveniente do exterior. Mas, primeiro que tudo, é preciso compreender as diferenças entre os grandes grupos de organismos cavernícolas:

- Troglóbios - organismos inteiramente dependentes de um tipo de vida cavernícola durante todo o seu ciclo de vida.
- Troglófilos - organismos que habitam preferencialmente o meio subterrâneo mas que também se podem adaptar a locais de características semelhantes fora de cavernas.
- Trogloxenos - organismos dependentes do exterior, pelo menos durante parte do seu ciclo de vida.
- Acidentais - apenas ocupam cavernas de forma ocasional.

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