Espécies Exóticas

Alexandre Vaz
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Ao longo do tempo, a introdução pelo Homem de espécies exóticas tem tido e continua a ter um excepcional impacto ecológico e económico, afectando constantemente os ecossistemas e a nossa forma de viver.

Espécie exóticas são todas aquelas que se estabelecem pela mão do Homem para um território em que estavam originalmente ausentes. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.

Desde sempre que o Homem tem empreendido viagens de maior ou menor dimensão e desde que começou a domesticar animais e a cultivar plantas, fez-se acompanhar nas suas viagens de recursos garantidos que lhe eram familiares. Na zona mediterrânica existe um grande número de espécies vegetais que actualmente sabemos terem sido introduzidas na época da ocupação romana.

Existem espécies exóticas pertencentes a todos os grupos, às plantas, aos animais, às bactérias e até aos vírus e também em todos os locais. Foi provavelmente a partir do sec. XVI, quando as viagens transcontinentais se tornaram mais frequentes, que as espécies exóticas começaram a ser difundidas com maior expressividade. Destaque-se aqui o importante papel dos Portugueses. Alguns dos primeiros sinais do perigo que as espécies exóticas podem representar vieram de ilhas como as do Índico, em que espécies de aves que colonizavam ilhas sem predadores se tinham adaptado de tal forma a uma vida terrestre que tinham perdido a capacidade do voo. Com a chegada dos viajantes vieram também os cães, os gatos, os porcos e os ratos, que de acordo com relatos da época, extinguiram em poucos anos algumas espécies de aves. Outro exemplo não menos dramático do efeito da introdução de espécies exóticas, é o das doenças que, vindas da Europa, ao chegarem à América vitimaram tribos inteiras de povos nativos, que nunca tinham estado em contacto com a doença, e que por isso não haviam desenvolvido ao longo de gerações as resistências de que os europeus dispunham.

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