Hibernação

Miguel Monteiro
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Quando chega o Inverno evitamos abrir com frequência as janelas de casa, ligamos o aquecimento e vamos buscar ao fundo do armário os camisolões mais quentes. Na Natureza, a vida dos animais não está tão facilitada.

 Os animais de sangue-frio (poiquilotérmicos) adoptam a temperatura ambiente e quando esta sofre reduções acentuadas vêem-se incapazes de realizar as suas funções básicas. Assim, cobras, lagartos, cágados e rãs hibernam com a chegada do Inverno.

A baixas temperaturas, os animais endotérmicos - com capacidade de regular a sua temperatura - precisam de mais energia para manter o seu metabolismo. Os de menores dimensões, com uma taxa metabólica mais elevada, perdem calor corporal mais rapidamente e, em consequência, têm uma maior necessidade de ingerir alimentos. Neste grupo encontram-se, por exemplo, os insectívoros, como o ouriço, e particularmente os morcegos, que com os meses mais frios ficam privados da sua principal fonte de alimento. A hibernação é uma resposta dos indivíduos às condições adversas do ambiente.

O momento de hibernar é despoletado através de indicações externas, como a falta de alimento, a temperatura ou o facto de os dias ficarem mais curtos. Ao nível interno, ciclos sazonais de hormonas, aminoácidos e neurotransmissores podem ser os responsáveis pelo despoletar do período de dormência, particularmente nos répteis.

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