O Garrano, o pequeno cavalo das serras do Norte de Portugal

Nuno Leitão
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No período do cio as fêmeas acompanham permanentemente o garanhão, que mantém a coesão do grupo. Na época de combates os machos enfrentam-se pela posse do harém, lutando a coice e à dentada. Os potros são depois acompanhados e cuidados pelas fêmeas.

Um dos piores inimigos dos Garranos é o Lobo-ibérico, levando, normalmente, os cavalos a adoptarem um sistema defensivo em círculo com as crias no interior, repudiando os ataques dos lobos a coice. Muitas vezes os lobos atacam quando as fêmeas estão a parir, altura em que se encontram bastante indefesas, tal como acontece quando atacam outras espécies, e a cria pode ser predada ainda antes de acabar de nascer.

Os Garranos particulares na altura de serem capturados utilizam um sistema de defesas idêntico ao utilizado contra os lobos. Quando capturados após o cerco são retiradas crias das manadas para serem vendidos na feira anual. Muitos destes potros vendidos são abatidos para alimentação, pois a carne de Garrano é considerada um petisco, e os restantes são marcados pela Associação de Produtores de Garranos e devolvidos à liberdade.

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