Uma pequena grande peste

Maria Carlos Reis
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Pulgas! Não detesta aquelas minúsculas pestes, que sugam o seu sangue, invadem a sua casa, e vivem no seu animal de estimação?

 

Infestações de pulgas em animais domésticos e ambientes domiciliares são uma ocorrência comum. São raros os donos de cães ou gatos que não enfrentaram já uma destas infestações e que não tenham achado difícil a tarefa de desinfestação.

Para combater uma infestação de uma forma eficaz e segura é necessário entender o modo de vida destes insectos parasitas, já que são muitos os casos de pessoas que chegam a intoxicar os seus animais de estimação sem conseguirem atingir o seu objectivo, pois as pulgas prevalecem!

Em primeiro lugar, é importante saber reconhecer uma pulga. Trata-se de um pequeno insecto vermelho-acastanhado, que mede entre 1,5 a 4 mm de comprimento. É achatado lateralmente, o que lhe permite caminhar com facilidade por entre os pêlos dos animais (ou por entre as fibras das alcatifas e tapetes) e o seu corpo está coberto de cerdas voltadas para trás, dificultando a sua remoção ou queda acidental quando o animal se coça ou sacode o corpo. Para além destas adaptações ao parasitismo, a pulga possui uma outra espantosa - a capacidade de salto. Apesar de não possuir asas, os seus três pares de patas são extremamente fortes, o que lhe possibilita saltar na vertical até 18 cm e na horizontal mais de 35 cm (o que no Homem corresponderia a um salto em altura de cerca de 87 m e a um salto em comprimento de 155 m). Por ser capaz de saltos tão grandes, não tem necessidade de um contacto íntimo para passar de hospedeiro em hospedeiro.

Outra característica interessante é a sua espantosa resistência. Se uma pulga for largada de uma altura de mais 2 m, ela não morre, pois possui um exoesqueleto extremamente forte e leve, resistente ao choque e capaz de sobreviver a elevadas pressões. Sem esta "armadura" as pulgas ficariam esmagadas pelas diferenças de pressão e principalmente pelas aterragens.

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