As aves dos pinhais

Nuno Leitão
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Os pinhais são o tipo de floresta com maior área em Portugal. As suas comunidades de aves vão evoluindo à medida que os pinhais se vão desenvolvendo, sendo importante que a sua gestão ultrapasse a simples promoção do crescimento da madeira.

As florestas de produção de madeira representam uma fatia significativa da floresta portuguesa. A área de pinhal (principal floresta portuguesa de produção de madeira) representa cerca de 33% da área total da nossa floresta, ou seja, mais de 1050000 hectares. O actual coberto de pinhal bravo é, em boa parte, resultado da campanha de arborização da década de 40. A instalação de novas florestas, muitas vezes plantadas em locais abertos com solos pobres, têm, naturalmente, impactos sobre as comunidades de aves. Estas alterações são muito visíveis, porque as aves são bons indicadores ambientais, por serem facilmente observadas e por serem o grupo de fauna mais bem estudado. Por outro lado, as zonas que normalmente são sujeitas a florestações (incultos e/ou zonas de matos) apresentam muitas vezes maior diversidade de aves do que qualquer outro grupo taxonómico.

As reflorestações (pelo menos a maioria) não são propriamente uma actividade humana responsável pelo desaparecimento das aves, mas implicam a substituição das comunidades existentes por outras.

Os pinhais em Portugal têm normalmente revoluções de 40, 50 ou 60 anos, e as associações de comunidades de aves variam ao longo dos estágios de desenvolvimento destas florestas.

 

Numa área aberta, antes de ser plantada, encontram-se aves como as petinhas (Anthus sp.), a Laverca (Alauda arvensis), o Cartaxo-comum (Saxicola torquata) e a Perdiz-vermelha (Alectoris rufa).

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