A Processionária

Cristina Pereira
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Àcaros e pólens provocam alergias e tornam a vida difícil a 40% dos portugueses. Neste artigo falamos sobre um insecto que na sua fase larvar pode provocar espirros, tosse e urticária, para além de causar prejuízos nos pinheiros e cedros.

 

Se tem passeado pelos pinhais da zona centro do nosso país reparou possivelmente numas lagartas amarelas, cheias de pêlos, que se deslocam em fila (procissão). São vulgarmente apelidadas de processionárias, apesar do seu nome científico ser um pouco mais complexo, Thaumetopoea pityocampa. Pertencem à classe dos insectos desfolhadores, pois alimentam-se das agulhas dos pinheiros. São os cedros e os pinheiros, principalmente o pinheiro bravo, os mais atacados por este insecto, que se distribui por toda a região mediterrânica.

Os sintomas na árvore são a falta de agulhas, as agulhas roídas e os ninhos das lagartas formados por fios brancos na extremidade dos raminhos. Podem provocar sérios prejuízos económicos a nível da produção de madeira, no entanto, não é habitual que as árvores atacadas morram.

A primeira fase do seu ciclo de vida é passada nas árvores, onde se alimentam durante o dia nas agulhas. À noite permanecem nos ninhos provisórios tecidos por elas. Conforme se vão desenvolvendo começam a ter hábitos de alimentação nocturnos e a construir verdadeiros ninhos, onde se juntam lagartas de diferentes colónias. Numa fase larvar avançada descem das árvores em 'carreirinha', sendo a procissão encabeçada por uma fêmea. Enterram-se no solo a uma profundade de 10 cm e aí passam algum tempo até emergirem como borboletas no fim do Verão.

 

 

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