DE – Há aspectos que alteraria?
EO – Não mudaria nada!
DE – Qual foi a sua primeira experiência científica?
EO- Foi o estudo da ecologia de uma parcela de terreno depois de ser fertilizada, observando as consequentes alterações.
DE – Quais foram os resultados da sua primeira experiência?
EO – Bons!
DE – Como é que essa experiência aumentou a sua maturidade como cientista?
EO – Ensinou-me que para verificar se algo é verdade, tem que se fazer um bom teste. Aprendi que não podia aceitar a teoria simplesmente, mas que tinha que testá-la.
DE – Como eram os seus professores de ciências no liceu?
EO – Tive um professor de física que era bastante exigente.
DE – Isso inspirou-o?
EO – Sim, no sentido de que aprendi que nada se consegue facilmente.
DE - Qual é o seu maior motivo de orgulho?
EO – Os livros que publiquei, incluindo “Fundamentos de Ecologia”, que originalmente não tinha mercado porque nessa época não havia cursos de ecologia. As coisa mudaram, claro, e o meu livro ainda é utilizado.
DE – Qual é o seu conselho para um jovem cientista?
EO – Seja o que for que te dá prazer fazer, vai em frente e fá-lo. Faz aquilo que te inspirar.
DE – Em que áreas pensa que precise, você próprio, de conselhos?
EO – Em trabalhar arduamente e aceitar desafios.
DE – O que seria se não fosse cientista?
EO – Seria canalizador.
DE – Porquê?
EO – Eu era tímido quando era jovem, e gostava de saber como é que as coisas funcionavam em conjunto. Tal como na ecologia, notando como as coisas interagem.
DE – Qual o cientista da História que gostava de conhecer?
EO – Aldo Leopold, o ecologista e escritor.
DE – O que lhe perguntaria?
EO – Perguntar-lhe-ia porque é que ele não publicou mais livros, incluindo um estritamente dedicado à ética da terra, desenvolvendo este tema para além das suas ideias iniciais expressas em “The Sand County Almanac”.
DE – Qual o cientista vivo que mais admira?
EO – Lynn Margulis, professor da Universidade de Massachusets.
DE – Qual foi a maior descoberta científica no século XX?