Programa de Telemetria por Satélite de Grandes Baleias dos Açores

Rui Prieto – Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores
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Telemetria por Satélite – uma tecnologia que expande os horizontes

O estudo dos movimentos de cetáceos e outros organismos marinhos é normalmente difícil por estarem inacessíveis na maior parte do tempo e por, nalguns casos, poderem efectuar movimentos com amplitudes de milhares de quilómetros.

A utilização de métodos de marcação individual com marcas codificadas ou através de fotografia (foto-identificação) tem sido utilizada há muito tempo para tentar obter informação sobre a movimentação de organismos marinhos mas, normalmente, só dá informação do local onde cada indivíduo foi marcado e onde foi recapturado ou reavistado. No entanto, esses métodos não fornecem informação sobre a movimentação dos organismos entre esses dois pontos e sobre as suas actividades ao longo do tempo.

A telemetria por satélite permite obter informação detalhada sobre a movimentação dos animais ao longo de um período de tempo alargado. Este é um sistema de localização e coleta de dados que permite a um transmissor, preso a um animal, ser localizado geograficamente e transmitir dados a um satélite.

O sistema utilizado no Programa de Telemetria de Grandes Baleias dos Açores baseia-se na constelação de satélites ARGOS e pode calcular a posição dos animais marcados com uma precisão de até 350 metros.

[3] Os movimentos de animais equipados com transmissores de satélite podem ser seguidos remotamente através do sistema de telemetria ARGOS. As mensagens recebidas pelos satélites são descodificadas e interpretadas pelo centro de recepção em França e depois retransmitidas para o laborário de investigação nos Açores.

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