Programa de Telemetria por Satélite de Grandes Baleias dos Açores

Rui Prieto – Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores
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O Programa de Telemetria por Satélite de Grandes Baleias foi estabelecido pela Universidade dos Açores, para obter informação sobre o papel que os Açores desempenham na ecologia de três das espécies de rorquais que normalmente frequentam as suas águas, Baleia-azul, Baleia-comum e Baleia-sardinheira, e desvendar quais os processos que influenciam os seus movimentos.

Das treze espécies de baleias de barbas (da Sub-Ordem Mysticeti) que existem no mundo, oito vivem no Atlântico Norte, incluindo seis das sete espécies da Família Balaenopteridae, conhecidas como rorquais:

• Baleia-azul (Balaenoptera musculus);
• Baleia-comum (Balaenoptera physalus);
• Baleia-sardinheira (Balaenoptera borealis);
• Baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni);
• Baleia-de-bossa (Megaptera novaeangliae);
• Baleia-anã (Balaenoptera acutorostrata).

Embora a maioria das espécies de baleias tenham sido caçada durante séculos no Atlântico Norte, acabando por ser sobre-exploradas, ainda existe muita incerteza sobre a identidade das populações e sub-populações, suas rotas migratórias e áreas de reprodução. Também existe pouca informação sobre as relações tróficas e processos que influenciam a ecologia dessas baleias, assim como sobre ameaças criadas por actividades humanas à conservação das suas populações.

[1] Um Golfinho-comum salta ao lado do espiráculo de uma Baleia-azul nos Açores.

Nos últimos anos o desenvolvimento de investigação regular sobre cetáceos e a expansão da actividade de observação comercial de cetáceos, demonstraram que o arquipélago dos Açores está na rota migratória de parte das populações de várias das espécies de rorquais, durante a Primavera e Verão. As seis espécies de rorquais existentes no Atlântico Norte já foram registadas nos Açores e cinco ocorrem anualmente (a Baleia-de-Bryde é uma espécie tropical que parece ser ocasional nos Açores, pois prefere águas mais quentes).

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