Monitorização de borboletas diurnas e a gestão sustentável dos montados de sobro - um estudo na Serra do Caldeirão

Maria João Verdasca e Ana Sofia Leitão - TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal
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A Serra do Caldeirão faz fronteira entre o litoral e o barrocal algarvio e as planícies do Baixo Alentejo. Apesar da sua modesta altitude, que atinge apenas os 580m no seu ponto mais elevado, a sua paisagem assume uma forma muito peculiar. Os cerros são cortados por uma densa rede hidrográfica que na sua maioria é constituída por cursos de água temporários, tendo por isso um relevo muito acidentado em diversos pontos.


A vegetação natural da serra é influenciada pelo clima. Nas regiões mais ocidentais predomina o sobreiro (Quercus suber) associado ao medronheiro (Arbutus unedo). Nas vertentes próximas do Vale do Guadiana predomina a azinheira (Quercus ilex) associada ao sobreiro. A presença da esteva (Cistus ladanifer) indica a presença de solos pobres e xistosos. Na serra ainda é possível encontrar os matos bem preservados com a presença de espécies como a aroeira (Pistacia lentiscus), o tojo (Genista hirsuta), o sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternus), a roselha (Cistus crispus), a urze branca (Erica arbórea), o alecrim (Rosmarinus officinalis), e o rosmaninho (Lavandula pedunculata).

 Neste projecto foram definidas aleatoriamente 48 parcelas de 1 hectare agrupadas em 6 classes que diferem ao nível do sub-coberto vegetal, sendo este mais ou menos denso consoante o ano em que foi feita a última limpeza e corte do mato. A amostragem mensal nos meses de Primavera e Verão teve início em Junho de 2005 e terminou em Maio de 2006.

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