Recuperação Ecológica de Pedreiras – um caso de estudo na Serra da Arrábida

Graça Oliveira – Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
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Foto 5 - Desenvolvimento da vegetação num patamar da pedreira de calcário, revegetado há cerca de 20 anos. Note-se a predominância de Pinus halepensis (pinheiro-de-Alepo), incluído no elenco de espécies usadas na revegetação.

Os resultados até agora obtidos indicam que os trabalhos de recuperação efectuados naquela pedreira desde 1983 têm favorecido o estabelecimento mais rápido de uma comunidade vegetal, essencialmente autóctone, saudável, equilibrada e potencialmente sustentável. Esta vegetação é estrutural e funcionalmente diversificada, com capacidade de auto-propagação e resiliente às perturbações naturais (e.g. fogo). Assim, pode considerar-se que o enquadramento ecológico da pedreira revegetada é melhor do que pode sugerir a mera percepção paisagística. Contudo, há ainda discrepâncias relativamente ao ecossistema “natural” envolvente (por exemplo a excessiva densidade de pinheiro-de-Alepo), que poderão comprometer a pretendida evolução da vegetação. Para evitar que tal aconteça têm sido estudadas estratégias alternativas para a introdução de plantas e/ou para maneio posterior da vegetação estabelecida (e.g. desbaste selectivo de pinheiros), além de se realçar a importância da monitorização periódica, no sentido de detectar atempadamente os desvios na trajectória pretendida e implementar acções que re-orientem o desenvolvimento da comunidade vegetal.

Graça Oliveira
[email protected]

1Society for Ecological Restoration International Science & Policy Working Group. 2004. The SER International Primer on Ecological Restoration. www.ser.org & Tucson: Society for Ecological Restoration International.
2Recentemente integrado no Centro de Biologia Ambiental (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa)

 

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