Valorização dos Resíduos Orgânicos - Compostagem

Ana Silveira
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No estudo do funcionamento da instalação piloto de compostagem, realizaram-se ensaios a 25°C e utilizou-se um resíduo-modelo (mistura de casca de arroz, farinha escura e farinha branca). A humidade do resíduo foi ajustada para 60% no início dos ensaios, com água corrente.

Verificou-se que a soma do carbono libertado nos gases de saída dos reactores (CO2ac, expresso em gramas de carbono) era idêntica à redução acumulada de carbono, medida pela análise directa de carbono no substrato sólido (Rcarbono, expressa em gramas) (Quadro 1). Assim, todo o carbono degradado pelos microrganismos era transformado em CO2 e capturado nos gases à saída dos reactores.


Quadro 1 - Comparação do carbono libertado nos gases de saída e o carbono degradado no substrato sólido.

 

A sobreposição das curvas de evolução da taxa de produção de CO2 dos vários reactores mostra que o processo de compostagem é semelhante em todos os reactores (Figura 2). Este aspecto é importante porque evita a abertura dos reactores em momentos intermédios para colheita de amostras sólidas o que perturba o processo de compostagem. Deste modo, é possível acompanhar a degradação do resíduo sólido através da supressão de reactores e a análise da totalidade do seu conteúdo.

Figura 2 - Evolução da taxa de produção de CO2 nos vários reactores presentes num ensaio de compostagem a 25°C.



A sobreposição das curvas de evolução da taxa de produção de CO2 em ensaios realizados nas mesmas condições de temperatura mas em diferentes momentos mostra que os resultados obtidos nesta instalação são reprodutíveis (Figura 3).

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