O Lince-ibérico no Vale do Sado

Miguel Monteiro
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As próprias campanhas de armadilhagem do ICN poderiam beneficiar da colaboração dos guardas das reservas de caça que foram responsáveis pelos últimos dois linces capturados em Portugal.

A médio/longo prazo a conservação do lince passará pela reprodução em cativeiro e muito pela recuperação do seu habitat. A importância do Vale do Sado é clara, por ser uma área de ocupação antiga e onde a espécie ainda existe e pelo património genético, biológico e cultural que os seus indivíduos representam. É também importante por poder vir a fazer parte de uma metapopulação viável formada pelas populações do Algarve, Sudoeste Alentejano e Vale do Sado. As ligações entre estas áreas fazem-se ao longo dos principais rios e ribeiras da região e pelas Serras do Cercal e de Grândola. Seriam necessárias algumas melhorias nestes corredores ecológicos, nomeadamente ao nível da disponibilidade de alimento para o lince.


Existindo estas condições de migração e qualidade de habitat, os grandes predadores são capazes de se manter a densidades muito baixas, desde que hajam refúgios (territórios não perturbados) para a espécie - para uma outra espécie do género Lynx foram considerados necessários 16 territórios contíguos, com 3 a 5 refúgios.

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