Como ter uma casa ecológica?

Nuno Quental
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Já que passamos grande parte do nosso tempo em espaços fechados, estes deveriam ser saudáveis. Infelizmente, nem sempre assim é. Conheça as fontes poluidoras a que estamos diariamente sujeitos e as medidas a tomar para as evitar ou atenuar.

Passamos a maior parte do nosso tempo dentro de espaços fechados. Por esta razão, as casas e os locais de trabalho deveriam ser saudáveis, permitindo aos seus ocupantes gozar de conforto e, inclusivamente, gerar maiores rendimentos laborais. Infelizmente, não é este o caso para um grande número de construções. Ainda que eventualmente não nos apercebamos, os espaços interiores estão sujeitos a numerosas fontes poluidoras. Entre elas, destacam-se:


. Compostos orgânicos voláteis: são compostos orgânicos (substâncias com átomos de carbono e hidrogénio, aos quais se podem ainda ligar vários outros elementos) que se caracterizam pela sua elevada volatilidade, ou seja, produzem vapores mesmo à temperatura ambiente. O problema é que estes compostos são, muitas vezes, tóxicos, libertando-se de solventes, contraplacados, carpetes, ceras, vernizes, tintas, lacas, detergentes e fibras sintéticas, insecticidas e aerossóis, roupas limpas a seco, etc. Sintomas habituais resultantes da inalação dos vapores incluem erupções cutâneas, dores de cabeça, irritação dos olhos, fadiga, depressão e alergias; 
 
. Produtos da combustão: em casas com esquentadores, lareiras, fogões e aquecedores a gás, formam-se também produtos da combustão potencialmente perigosos. Entre eles o monóxido de carbono (a partir de uma dada concentração diminui a capacidade de respiração, interfere com a fisiologia do fígado e reduz a capacidade cognitiva), que se forma fundamentalmente em ambientes mal ventilados, e os óxidos de azoto (afectam o sistema nervoso e reprodutivo). As garagens integradas em moradias ou prédios podem ser especialmente perigosas devido aos gases de escape dos automóveis; por esta razão, devem-se encontrar cuidadosamente isoladas do resto dos edifícios;


. Biocidas: a maior parte dos pesticidas e insecticidas usados não foi adequadamente testada em termos de segurança para o ser humano. Por vezes ocorrem efeitos sinérgicos – o contacto isolado com dois pesticidas pode ser relativamente inócuo, mas em simultâneo tornar-se muito grave. A exposição a biocidas é, naturalmente, muito mais provável em quintas e casas do campo, mas mesmo nas cidades pode dar-se através de insecticidas domésticos, carpetes, tintas e produtos de madeira, que são regularmente tratados com aqueles químicos;

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