Silves, a Xelb islâmica

Leonor de Almeida (texto) e José Romão (fotos)
Imprimir
Texto A A A

 

O rio Arade permitiu uma intensa actividade comercial, pois as barcaças subiam até às portas da cidade, carregadas de mercadoria para os bazares. Este movimento no rio manteve-se até à época dos descobrimentos. Mas, ao fim do comércio com o Norte de África, consequência da conquista cristã, veio juntar-se o assoreamento gradual do rio. As águas estagnadas trouxeram as febres, os navios ficavam-se por Portimão e foi a decadência. Mais tarde, o terramoto de 1755 provocou danos irreparáveis no património da cidade. No entanto, na segunda metade do séc. XIX, a indústria corticeira fez crescer de novo Silves, a nível económico e urbanístico. Nesses tempos, as barcaças levavam a cortiça até ao porto de Portimão, no estuário do rio. No princípio do século XX, com a abertura de estradas e a chegada do caminho de ferro, acentuou-se a recuperação da prosperidade perdida de Silves, mas sem nunca atingir a importância económica que gozou no período de ocupação árabe.


Fotografias de José Romão

OUTROS PONTOS DE INTERESSE:

. Porto de Lagos a 10 km de Silves - antigo porto fluvial da ribeira de Odelouca. Fazia a distribuição de cereais e de todos os mantimentos até ao século XIV.

Comentários

Newsletter