Silves, a Xelb islâmica

Leonor de Almeida (texto) e José Romão (fotos)
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De regresso ao centro deparamos com antiquários, tanto dentro, como fora das muralhas. Curiosamente, muitos são propriedade de cidadãos estrangeiros, sobretudo alemães. Os que vêm de fora são, por vezes, mais capazes de aproveitar as potencialidades das regiões onde se instalam, a que os "indígenas " já pouca importância dão.


Fotografias de José Romão 

Pelo fim de tarde passeie-se pelas ruas sem carros do centro da cidade. Numa rua fechada ao trânsito chama-nos a atenção um restaurante onde os comensais, de concha em punho, tiram o manjar de um enorme “panelão”. Cá fora anuncia-se a especialidade: grão com galo e sopa de "beldroegas". Também não é de desprezar a caldeirada de achigã. Quem quiser comprar vinhos não pode deixar de ir à garrafeira "Caixão à Cova". Depois desça, suavemente, a rua Policarpo Dias, até às margens do rio Arade, onde existem vários restaurantes de peixe. Enquanto janta pode ir meditando sobre os desníveis de desenvolvimento entre o litoral algarvio e o seu interior e, a propósito, observe na encosta em frente, sobranceira ao rio Arade, o que resta de um palacete que, dizem, tinha os tectos todos pintados a fresco, mas que hoje estão escondidos (e possivelmente irremediavelmente perdidos) pela pintura recente de alguém que não deu grande valor a estas coisas do património. Sobre este rio sobrevive ainda uma velha ponte romana de cinco arcos ogivais.

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