Uma visita botânica ao Cabo da Roca

Pedro Bingre (texto) e José Romão (fotos)
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(Omphalodes kuzinskyanae)
Fotografias de José Romão

Mas bonita, mesmo garrida, é a única espécie verdadeiramente endémica do cabo da Roca: a Armeria pseudoarmeria, também ela uma espécie dos rochedos e areias batidos pelo vento e salpicados pela salsugem. Os seus tufos de folhas largas (de até dois centímetros de largura, o que a distingue da sua vizinha A. welwitschii, de folhas com menos de quatro milímetros) coroam-se durante a Primavera com inflorescências esféricas e róseas no topo de longos caules de dois palmos, ou mais, de altura; e assim a charneca floresce em Março.

O nome Armeria não significa nada senão a própria flor: é o nome latino que os romanos lhe davam. Os portugueses chamam-lhe cravo-romano, apesar de não parecer um cravo nem haver em Roma (falamos da A. pseudoarmeria, porque há inúmeras espécies do género Armeria na península itálica). O epíteto pseudoarmeria, algo desconcertante, foi-lhe dado pelo botânico escocês Murray durante o século XIX.

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