Uma viagem pelo rio Arade, de Portimão a Silves

Leonor de Almeida (texto) e José Romão (fotos)
Imprimir
Texto A A A

Subir, num pequeno barco, o Rio Arade de Portimão a Silves é uma experiência que enriquece sentidos e saber. Venha navegar em águas e seguir percursos que as voltas da história tornaram importantes e que, mais tarde, quase esqueceram.

O rio de Portimão, ou Arade, é formado pela confluência com o rio de Silves, junto da pequena ilha do Rosário, das ribeiras de Bóina e Odelouca, que descem da serra de Monchique. Deve-se subi-lo no começo da enchente e descê-lo no princípio da vazante” aconselha Raul Proença no Guia de Portugal.


De facto, até ao princípio do século XX o rio Arade era a “autoestrada” de Portimão a Silves. Sem outro tipo de comunicação, o rio manteve Silves em contacto com o mar e o porto de Portimão enquanto este teve importancia económica. Já nos séculos XI e XII, quando Silves, no seu apogeu, era a “Bagdad do Ocidente” o Arade foi local de passagem obrigatório. As barcaças subiam até às portas da cidade carregadas de mercadorias para os bazares.


Fotografias de José Romão

Na segunda metade do século XIX, Silves foi um grande centro produtor de cortiça e as barcaças cheias de cortiça faziam o transporte até à foz. Depois, veio o assoreamento e a perda de importância como via de comunicação.

Comentários

Newsletter